Mulher tem corpo jogado em valeta por amante após sofrer infarto durante relação sexual em MS

Homem disse ter se assustado ao perceber o infarto da vítima e decidiu abandonar o corpo.
Um homem de 48 anos se apresentou espontaneamente à Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (28/07) e confessou ter abandonado o corpo de sua amante em uma valeta, após ela sofrer um infarto durante relação sexual.
A vítima, Raquel Perciliano, de 59 anos, foi encontrada na madrugada de domingo (27/07) em uma área de mata, próxima a um córrego fora da zona urbana de Terenos, município a cerca de 31 km de Campo Grande.
O homem relatou que mantinha um relacionamento extraconjugal com Raquel e que, ao perceber o infarto, ficou assustado e decidiu deixar o corpo no local, sem qualquer intenção de violência.
Ele negou que tenha havido discussão, agressão ou queda
O caso foi inicialmente registrado sob as circunstâncias de ocultação de cadáver e morte por causa indeterminada. No entanto, um laudo preliminar do médico legista identificou uma lesão que pode ter ocorrido ainda em vida, o que coloca em questão a versão do suspeito. A investigação agora inclui a possibilidade de homicídio culposo — quando não há intenção de causar a morte — como uma linha a ser aprofundada.
Apesar disso, a causa da morte foi confirmada como infarto, com elementos que corroboram parte do depoimento do suspeito. Ainda assim, o delegado Gabriel Desterro ressaltou que os resultados finais dos laudos do Imol serão determinantes para elucidar o quadro completo.
Família e sepultamento
Raquel estava desaparecida desde o meio-dia de sexta-feira (25/07). Familiares relataram grande preocupação, já que ela não costumava desaparecer sem avisar. “Cada pessoa conta uma versão diferente”, declarou uma das filhas, que preferiu não se identificar.
O sepultamento ocorreu na manhã desta segunda-feira, às 8h, no Cemitério Municipal de Terenos.
Por meio de nota, a prefeitura de Terenos lamentou o falecimento de Raquel, que trabalhava como funcionária pública do município. “Neste momento de dor e luto, manifestamos nossas mais sinceras condolências aos familiares, amigos e colegas de trabalho. Que Deus conforte o coração de todos diante desta perda irreparável”.
A Polícia Civil deve ouvir novas testemunhas e aguarda os laudos definitivos do Imol, além da análise pericial da cena do crime. Esses documentos serão fundamentais para confirmar se haverá denúncia formal por homicídio culposo ou se o caso seguirá como morte natural com ocultação de cadáver.
O Vigilante