Estado criou 360 mil postos de trabalho entre 2020 e 2025, com queda no desemprego e forte crescimento nos setores da indústria, comércio e serviços
Santa Catarina registrou a criação de mais de 360 mil vagas de trabalho entre 2020 e 2025, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Trimestral) divulgada pelo IBGE. O número de pessoas na força de trabalho saltou de 3,89 milhões para 4,25 milhões, uma alta de 9,2%. Mesmo com o aumento de trabalhadores ativos, a taxa de desemprego caiu de 5,7% para 3%, com o número de desocupados recuando de 223 mil para 128 mil.
O desempenho catarinense foi o segundo maior do Brasil em números absolutos, atrás apenas de São Paulo, que criou 984 mil postos. Em termos proporcionais, SC ficou em quarto lugar, atrás de Roraima (16,8%), Tocantins (15,6%) e Alagoas (12,2%).
Para o governador Jorginho Mello, os bons números são reflexo da qualidade de vida, segurança pública e ambiente propício para negócios. “Temos apenas 1% do território nacional, mas concentramos 5,5% dos empregos formais do Brasil”, destacou.
Setores em alta: indústria, comércio e serviços
O crescimento foi puxado por diversos setores econômicos. A indústria empregava 852 mil pessoas em 2020 e passou para 950 mil em 2025 – acréscimo de 98 mil vagas. O comércio e a reparação de veículos cresceram de 675 mil para 775 mil empregos (+100 mil). Também houve aumento expressivo no transporte (+75 mil), construção civil (+42 mil) e alojamento e alimentação (+36 mil).
Segundo o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck, o crescimento está ligado à confiança dos empreendedores. “Somente nos últimos cinco anos, foram criadas mais de 700 mil empresas em Santa Catarina, a maioria microempresas e MEIs”, apontou.
Estado atrai imigrantes e lidera contratações de estrangeiros
Com a expansão do mercado de trabalho, Santa Catarina se tornou destino de trabalhadores de outros estados e países. Em 2024, o estado liderou a contratação de estrangeiros com carteira assinada, com mais de 18 mil admissões formais, principalmente de venezuelanos, haitianos e cubanos.
A chegada de migrantes de estados como Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Pará também impulsiona a economia local, com destaque para regiões como Grande Florianópolis, Vale do Itajaí, Norte e Oeste do estado.
Fonte: SECOM